domingo, 2 de agosto de 2015

«Eu sou o pão da vida» Evangelho segundo S. João 6,24-35.



Livro de Êxodo 16,2-4.12-15. 

Naqueles dias, toda a comunidade dos filhos de Israel começou a murmurar no deserto contra Moisés e Aarão.
Disseram-lhes os filhos de Israel: «Antes tivéssemos morrido às mãos do Senhor na terra do Egipto, quando estávamos sentados ao pé das panelas de carne e comíamos pão até nos saciarmos. Trouxestes-nos a este deserto, para deixar morrer à fome toda esta multidão». 
Então o Senhor disse a Moisés: «Vou fazer que chova para vós pão do céu. O povo sairá para apanhar a quantidade necessária para cada dia. Vou assim pô-lo à prova, para ver se segue ou não a minha lei. 
Eu ouvi as murmurações dos filhos de Israel. Vai dizer-lhes: ‘Ao cair da noite comereis carne e de manhã saciar-vos-eis de pão. Então reconhecereis que Eu sou o Senhor, vosso Deus’». 
Nessa tarde apareceram codornizes, que cobriram o acampamento, e na manhã seguinte havia uma camada de orvalho em volta do acampamento. 
Quando essa camada de orvalho se evaporou, apareceu à superfície do deserto uma substância granulosa, fina como a geada sobre a terra. 
Quando a viram, os filhos de Israel perguntaram uns aos outros: «Man-hu?», quer dizer: «Que é isto?», pois não sabiam o que era. Disse-lhes então Moisés: «É o pão que o Senhor vos dá em alimento». 



Livro de Salmos 78(77),3.4bc.23-24.25.54. 

Nós ouvimos e aprendemos, 
os nossos pais nos contaram 
os louvores do Senhor e o seu poder 
e as maravilhas que Ele realizou. 

Deu suas ordens às nuvens do alto 
e abriu as portas do céu; 
para alimento fez chover o maná, 
deu-lhes o pão do céu. 

O homem comeu o pão dos fortes! 
Mandou-lhes comida com abundância 
e introduziu-os na sua terra santa, 
na montanha que a sua direita conquistou. 






Carta aos Efésios 4,17.20-24. 

Irmãos: Eis o que vos digo e aconselho em nome do Senhor: Não torneis a proceder como os pagãos, que vivem na futilidade dos seus pensamentos.
Não foi assim que aprendestes a conhecer a Cristo, 
se é que d’Ele ouvistes pregar e sobre Ele fostes instruídos, conforme a verdade que está em Jesus. 
É necessário abandonar a vida de outrora e pôr de parte o homem velho, corrompido por desejos enganadores. 
Renovai-vos pela transformação espiritual da vossa inteligência 
e revesti-vos do homem novo, criado à imagem de Deus na justiça e santidade verdadeiras. 



Evangelho segundo S. João 6,24-35. 

Naquele tempo, quando a multidão viu que nem Jesus nem os seus discípulos estavam à beira do lago, subiram todos para as barcas e foram para Cafarnaum, à procura de Jesus.
Ao encontrá-l’O no outro lado do mar, disseram-Lhe: «Mestre, quando chegaste aqui?». 
Jesus respondeu-lhes: «Em verdade, em verdade vos digo: vós procurais-Me, não porque vistes milagres, mas porque comestes dos pães e ficastes saciados. 
Trabalhai, não tanto pela comida que se perde, mas pelo alimento que dura até à vida eterna e que o Filho do homem vos dará. A Ele é que o Pai, o próprio Deus, marcou com o seu selo». 
Disseram-Lhe então: «Que devemos nós fazer para praticar as obras de Deus?». 
Respondeu-lhes Jesus: «A obra de Deus consiste em acreditar n’Aquele que Ele enviou». 
Disseram-Lhe eles: «Que milagres fazes Tu, para que nós vejamos e acreditemos em Ti? Que obra realizas? 
No deserto os nossos pais comeram o maná, conforme está escrito: ‘Deu-lhes a comer um pão que veio do Céu’». 
Jesus respondeu-lhes: «Em verdade, em verdade vos digo: Não foi Moisés que vos deu o pão do Céu; meu Pai é que vos dá o verdadeiro pão do Céu. 
O pão de Deus é o que desce do Céu para dar a vida ao mundo». 
Disseram-Lhe eles: «Senhor, dá-nos sempre desse pão». 
Jesus respondeu-lhes: «Eu sou o pão da vida: quem vem a Mim nunca mais terá fome, quem acredita em Mim nunca mais terá sede». 

«Eu sou o pão da vida»

A Igreja vive da Eucaristia. Esta verdade não exprime apenas uma experiência diária de fé, mas contém em síntese o próprio núcleo do mistério da Igreja. É com alegria que a Igreja experimenta, de diversas maneiras, a realização incessante desta promessa: «Eu estarei sempre convosco, até ao fim do mundo» (Mt 28,20); mas, na Sagrada Eucaristia, pela conversão do pão e do vinho no Corpo e no Sangue do Senhor, ela goza desta presença com uma intensidade sem par. Desde o Pentecostes, quando a Igreja, povo da nova aliança, iniciou a sua peregrinação para a pátria celeste, este sacramento divino foi ritmando os seus dias, enchendo-os de consoladora esperança. 

O Concilio Vaticano II justamente afirmou que o sacrifício eucarístico é «fonte e centro de toda a vida cristã» (LG 11). Com efeito, «na santíssima Eucaristia, está contido todo o tesouro espiritual da Igreja, isto é, o próprio Cristo, a nossa Páscoa e o pão vivo que dá aos homens a vida mediante a sua carne vivificada e vivificadora pelo Espírito Santo» (PO 5). Por isso, o olhar da Igreja volta-se continuamente para o seu Senhor, presente no Sacramento do altar, onde descobre a plena manifestação do seu amor.



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