sábado, 27 de junho de 2015

«Quero, fica purificado» Evangelho segundo S. Mateus 8,1-4.



Livro de Génesis 17,1.9-10.15-22. 
Quando Abraão tinha noventa e nove anos de idade, o Senhor apareceu-lhe e disse-lhe: «Eu sou o Deus todo-poderoso. Anda na minha presença e sê perfeito».
Deus disse ainda a Abraão: «Guardarás a minha aliança, tu e a tua descendência, de geração em geração.
Esta é a aliança que estabeleço contigo e com os teus descendentes e que deveis observar: todos os homens serão circuncidados».
Deus disse a Abraão: «A Sarai, tua esposa, nunca mais lhe chamarás Sarai; o seu nome é Sara.
Eu a abençoarei e por ela te darei um filho. Eu a abençoarei e ela dará origem a nações; dela sairão reis de povos».
Abraão prostrou-se com o rosto em terra e começou a rir, dizendo: «Como pode nascer um filho a um homem de cem anos? Como pode Sara aos noventa anos ser mãe?».
Abraão disse a Deus: «Ao menos viva Ismael na vossa presença».
Mas Deus respondeu-lhe: «Não é isso. Sara, tua esposa, dar-te-á um filho e tu lhe porás o nome de Isaac. Estabelecerei com ele a minha aliança, como aliança perpétua com a sua descendência.
Quanto a Ismael, também te ouvi: Eu o abençoarei e tornarei fecundo e o farei multiplicar-se sem medida. Será pai de doze chefes e farei dele um grande povo.
Mas estabelecerei a minha aliança com Isaac, que Sara dará à luz, por este mesmo tempo, no próximo ano».
Quando acabou de falar, Deus retirou-se de junto de Abraão.



Livro de Salmos 128(127),1-2.3.4-5. 
Feliz de ti, que temes o Senhor e andas nos seus caminhos.
Comerás do trabalho das tuas mãos, serás feliz e tudo te correrá bem.
Tua esposa será como videira fecunda no íntimo do teu lar; teus filhos serão como ramos de oliveira ao redor da tua mesa.
Assim será abençoado o homem que teme o Senhor.

De Sião te abençoe o Senhor: vejas a prosperidade de Jerusalém todos os dias da tua vida.



Evangelho segundo S. Mateus 8,1-4. 
Ao descer Jesus do monte, seguia-O uma grande multidão.
Veio então prostrar-se diante d’Ele um leproso, que Lhe disse: «Senhor, se quiseres, podes curar-me».
Jesus estendeu a mão e tocou-o, dizendo: «Eu quero: fica curado». E imediatamente ficou curado da lepra.
Disse-lhe Jesus: «Não digas nada a ninguém; mas vai mostrar-te ao sacerdote e apresenta a oferta que Moisés ordenou, para que lhes sirva de testemunho».

«Quero, fica purificado»

Tal como o agir, também o sofrimento [sob todas as suas formas] faz parte da existência humana. Este deriva, por um lado, da nossa finitude e, por outro, da súmula de erros que se acumularam ao longo da história e que ainda hoje não cessa de aumentar.

É preciso, obviamente, fazer tudo o que é possível para atenuar o sofrimento: impedir, na medida do possível, o sofrimento dos inocentes; amenizar as dores; ajudar a superar os sofrimentos psíquicos. Tudo isto são deveres, tanto de justiça como de amor, que se inserem nas exigências fundamentais da existência cristã e de todas as vidas verdadeiramente humanas. Na luta contra a dor física, conseguiram-se realizar grandes progressos; mas o sofrimento dos inocentes e também os sofrimentos psíquicos aumentaram no decurso destas últimas décadas.

Sim, devemos fazer tudo para superar o sofrimento, mas eliminá-lo completamente do mundo não está nas nossas possibilidades humanas, simplesmente porque não podemos ultrapassar a nossa finitude e porque nenhum de nós é capaz de eliminar o poder do mal, do erro, que – como constatámos – é uma fonte contínua de sofrimento. Isto só Deus o poderia fazer: só um Deus que entra pessoalmente na História tornando-se homem e sofrendo nela. Nós sabemos que este Deus existe e que, por isso, este poder que «tira os pecados do mundo» (Jo 1,29) está presente no mundo. Pela fé na existência deste poder, surgiu na História a esperança da cura do mundo.





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